"...tenho em mim todos os sonhos do mundo..."
(Clarice Lispector)

sábado, 5 de março de 2011

O futuro (incerto) de Two and a Half Men



Será que TAHM continua? Será que continua com o mesmo elenco? Ou com outro ator no lugar de Charlie Sheen?

Charlie Sheen sempre foi a alma de TAHM. Sempre foi ele quem ditava o ritmo dos episódios restando para Alan e Jake os papéis de meros (mas ótimos) coadjuvantes. Porém, nas últimas temporadas (7ª e a atual 8ª) houve uma ascensão do personagem Alan que muitas vezes protagonizava (e muito bem por sinal) os episódios de TAHM, de uma forma até melhor que Charlie, pois considero Alan bem mais complexo e interessante que o irmão. É difícil manter uma série com tanta longevidade assim, e por isso mesmo, essa evolução de Alan se fez necessária. Mas será que a série conseguiria se manter sem Charlie Sheen?

A resposta parece óbvia. Claro que não existe TAHM sem Charlie Sheen, porém, para os executivos da Warner e da CBS que têm em Two and a Half Men sua grande mina de ouro, a resposta talvez não seja tão fácil. Boatos sobre a substituição de Charlie Sheen já começaram em Hollywood, o nome seria John Stamos (ER e Três é Demais). Ironicamente, no passado Charlie Sheen já “substituiu” Michael J. Fox no seriado Spin City, quando este saiu para se tratar do Mal de Parkinson. Lógico que a palavra “substituir” é muito forte. Acho que jamais colocariam outro ator para fazer o papel de Charlie Harper, e sim, criar outro personagem (tipo um vizinho ou um primo distante) para ocupar sua “vaga”. A simples ideia de um vizinho ou primo distante parece ridícula e absurda, e é isso que eu, como fã da série, sentiria se fosse concretizada.

Se essa crise em TAHM tivesse acontecido bem no final de temporada, não me importaria que a série acabasse de vez, mas do jeito que aconteceu, terminar sem um fim digno, seria horrível. Um seriado que nos entreteu por tantos anos merece ao menos um final decente, nem que seja num especial de 2 horas, com ou sem Charlie Sheen. Na atual situação, a ideia de um episódio onde Alan, Jake e Berta ficam procurando por um Charlie desaparecido, supostamente bêbado em algum lugar, não me parece de todo ruim. Eu quero um final.

Outro ponto que gostaria de comentar é a briga de Charlie Sheen com o criador da série, Chuck Lorre. Criador Vs. criatura. É hipocrisia de Charlie dizer que tudo se deve a ele, e que Chuck Lorre se aproveitou dele pra ganhar dinheiro. Oras, Chuck Lorre percebeu que a vida de Charlie Sheen daria uma sitcom perfeita. Foi uma troca que foi beneficiou ambos. Na verdade, quem perde mais com o possível fim de TAHM é Charlie Sheen, que em minha opinião, não é um ator tão versátil assim para conseguir uma carreira sólida no cinema ou mesmo em outro seriado, sem que tenha que interpretar ele mesmo. Já Chuck Lorre, além de TAHM, tem outros projetos lucrativos como The Big Bang Theory e Mike & Molly (que apesar de fraquinho, tem boa audiência).

Difícil dizer quem tem razão, se é que alguém tem razão, com tanto dinheiro envolvido. Só sei que essas entrevistas de Charlie Sheen (e ele parece alterado em todas elas) são desgastantes para todo mundo, principalmente para nós fãs que acompanhamos a série nos últimos oito anos e os únicos que não ganhamos dinheiro com isso tudo.



Fonte: SÉRIE MANÍACOS
Tiago VC | Opinião | 5/03/2011 - 0:04

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