"...tenho em mim todos os sonhos do mundo..."
(Clarice Lispector)

terça-feira, 15 de março de 2011

CRÍTICA/Os crimes da TV

Rio, 15 de março de 2011 Fonte: patríciakogut.com Enviado por Patrícia Kogut - 12.03.2011 | 09h09m
Não à toa, “Law & order” e seus derivados estão no ar nos EUA há muitos anos. A qualidade dos roteiros é tal que mesmo o freguês mais assíduo fica invariavelmente surpreendido com os desfechos dos episódios. O formato básico se repete — ele inclui a mesma trilha que surge marcando a hora agá em que o crime em questão está sendo desvendado — mas trata-se de repetição com frescor e isso não é necessariamente um paradoxo. Porém, uma coisa é o assinante não se cansar de ver mais do mesmo. Outra é o festival de reprises que o Universal Channel promove. Todas as temporadas são reapresentadas ad nauseam ali, seja de “Law & order”, seja de “House”, “The good wife” etc. Se as séries entram de férias, a solução mais honesta não seria adquirir outros programas inéditos, variar? Justiça seja feita, o Universal tem a seu favor o fato de sua programação não ser um empilhado de atrações organizadas no automático. Dá para entrever uma mão humana por trás de tudo. Além disso, eles produzem o “What' s on?”, que é muito bom, e, finalmente, suas traduções têm bastante qualidade. Não se pode dizer o mesmo do Sony e do Warner. Esta semana, o Sony apresentou pela enésima vez o mesmo episódio de “Desperate housewives” e esse é só um exemplo. No quesito legendas o que eles fazem é vergonhoso. Às vezes, deixam a impressão de que as traduções usadas são aquelas, automáticas, obtidas via internet. Nem sinal de uma mão humana folheando um dicionário.

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